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segunda-feira, 11 de agosto de 2014

A química dos Alimentos - Revista BodyTech

Oi Gente!! Como vocês estão?

Com a correria da gravidez não consegui postar aqui pra vocês algumas das últimas matérias que participei, então vou tentando atualizar com tudo o que saiu ok? Começamos pela revista BT EXPERIENCE da rede de academias BodyTech, que fala da "Química dos Alimentos". 

Ficou ótima, vale a pena a leitura. Para aumentar a visualização das páginas, basta clicar nas imagens! Boa leitura!!! 







quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Chocolate - Pode comer sem culpa ?

Bom dia gente!!

A matéria da Veja gerou muitos comentários  essa semana, então eu Pâmela Miguel vou deixar algumas dicas para vocês!


Quem se depara com a capa da revista Veja dessa semana acredita que algum milagre aconteceu e que comer aquele delicioso chocolate todos os dias se tornará quase que uma obrigação para manter a saúde!!
A noticia parece muito animadora, mas o assunto exige muita calma e cuidado!




Como muitos dos assuntos veiculados na mídia, o consumo do chocolate dever ser analisado com cuidado e bom senso. E ao ler a matéria completa (o que muitos não fazem após receber a noticia encantadora da capa) verificamos que todos os benefícios atribuídos ao chocolate estão relacionados aos flavonoides presentes no CACAU e não em TODOS os tipos de chocolates como “pressupõe” a chamada da capa.

Existem vários tipos de chocolate:
- Chocolate ao leite: baixo teor de cacau e quantidades maiores de gordura e açúcar;
- Chocolate branco: não possui cacau e contem grande quantidade de gordura!!
- Chocolate amargo: com maiores quantidades de cacau, de 50% até 90%, dependendo da escolha. 

A Dra. Fernanda Granja explicou bem as diferenças entre os tipos de chocolate e para quem é indicado, dependo dos objetivos. (clique aqui).

Lendo a matéria completa entendemos que o chocolate AMARGO é o  indicado, para trazer os benefícios de: redução de pressão arterial, prevenção do diabetes e doenças cardiovasculares, redução do colesterol ruim – LDL e aumento do colesterol bom – HDL, ação antioxidante, entre outros.
Além disso que esses compostos bioativos conhecidos  como flavinoides estão presentes em outros alimentos também, como: tomate, brócolis, morango, azeite...

Então pessoal sinto informar, mas o chocolate, assim como outros alimentos deve ser consumido com moderação e de forma equilibrada na dieta.  Devemos escolher a versão que mais se aproxima do nosso objetivo no momento! 
Procure sempre a orientação de um profissional para fazer uma escolha interessante para a sua saúde!

Existem muitas opções no mercado, até para quem apresenta alguma intolerância ou alergia ao cacau. Vocês conhecem a Alfarroba? 


E para provar que é possível matar aquela vontade incontrolável do doce ai vai uma receitinha deliciosa e com todos os benefícios do cacau!

Chocolate Detox

Ingredientes
- 2 colh. sopa de farinha de amêndoa
- 2 colh. sopa de cacau em pó sem açúcar
- 2 colh. sopa de agave ou adoçante em pó
- 2 colh. sopa de leite de arroz

Modo de preparo
Misture todos os ingredientes e coloque me forminhas de silicone. Leve ao freezer. desenforme na hora de comer!!


Fica uma delícia! A Fernanda até publicou uma foto do chocolate no Facebook, olha só:


Experimente!
Beijos!!!

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

A verdade sobre o chocolate - Vídeo | Programa Dia a Dia - Band

Bom dia!!!

O programa Dia a Dia da Band me convidou para falar de chocolate e a matéria ficou super legal! Aperta o play!!



Entenderam bem, né?? O chocolate mais indicado é aquele com muuuito cacau (clique AQUI para ver os benefícios)! E se tiver castanhas, amêndoas ou macadâmias, melhor ainda!! Menos absorção de gordura e açúcar pelo sangue. Chocolate ao leite ou branco são muito ricos em gordura e não dá pra comer todo dia como todo mundo quer!

Gravamos num lugar super lindo aqui em SP, a  Galeria Chocolate em Moema!












O que acharam?? Vocês tem receitas com o cacau em pó?? A Thaís compartilhou a dela no último post, lembram?

Compartilha e de vocês aí!
bjssss

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Pão Integral, Geléia, Azeite - Saiba escolher

Oi gente!

Voltei!! :)

Tem muita coisa legal aqui no blog e percebo que quando cito alguma coisa, muita gente não sabe ou nunca ouviu falar.

Por exemplo, há tempos falei (clique para ler) sobre o verdadeiro pão integral, sobre a melhor geléia, e sobre o azeite.

Mas hoje vou resumir bem para vocês entenderem de forma prática e facilitar a compra de supermercado.

Vamos começar pelo pão.
Não há problema em comer pão, desde algumas orientações sejam seguidas. Há aquelas ainda que fazem restrição de trigo e por isso existe o pão sem glúten (preparado sem farinha de trigo, aveia, cevada, centeio e malte) e a tapioca que é um ótimo substituto no café da manhã.

Você sabe por que é tão importante comer pão integral e não branco (ou o frânces)?


  1. Com o pão integral conseguimos ter vários nutrientes disponíveis - isso acelera o metabolismo. Nada é pior para o metabolismo do que alimentos que não contenham nada de nutriente e muita química. Temos que comer alimentos de verdade, alimentos frescos, alimentos que nossa avó fazia. Já expliquei isso aqui no blog, de que nosso corpo é feito de células e essas células são feitas de nutrientes: cálcio, mangésio, potássio, vitamina C, etc. E adivinha onde encontramos nutrientes em abundância? Em alimentos integrais, em alimentos naturais como as frutas e  etc!
  2. Com o pão integral diminuímos o índice glicêmico, ou seja, não temos fome logo após comer carboidrato. Quando comemos pão branco, o açúcar no sangue aumenta muito e isso acaba gerando muita produção de insulina no sangue. Resultado? Aumento de gordura corporal na região abdominal (barriga mesmo) e fome, pois na próxima refeição você vai querer comer mais carboidrato.


Pão integral
Dicas na hora de comprar

  • O primeiro ingrediente deve estar escrito "farinha de trigo integral" - como eu disse no post do "verdadeiro pão integral" devemos sempre ler os ingredientes daquilo que estamos comprando. Aquilo que vem em primeiro lugar é o tem em maior quantidade no produto, ou seja, se vier escrito farinha de trigo integral, bingo! Esse é o pão escolhido.
  • O segundo ingrediente também deve ser uma farinha e não gordura vegetal. Muitas bolachas (club social por exemplo, mesmo a versão integral) contém gordura vegetal como primeiro ou segundo ingrediente, ou seja, tem mais gordura que a própria farinha integral. Daí começamos a ganhar gordura no copitcho e não sabemos por quê.
Aí estão mais duas marcas que seguem essas características (sigam no instagram: @drafernandagranja):




Pão sem glúten
Dicas na hora de comprar:
  • Existem várias marcas de produtos sem glúten, mas a grande dificuldade é achar pães integrais nesse mercado. Geralmente o pão é sem glúten, mas ele é feito com muita gordura e geralmente com farinhas "brancas", ou seja, feito com farinha sem fibra (não estou falando da de trigo, mas da farinha de arroz branca, farinha de mandioca branca e por aí vai). 



Geléias
Dicas na hora de comprar:
  • No post de geléias que eu citei acima, explica bem. Procure geléias que não contenham açúcar e/ou adoçante. Compre as com fruta e só! Sim, isso é possível. Geléia sem químicas. Elas são feitas de frutas e suco de fruta. Uma delícia!
Aí mais um exemplo:


Instagram @drafernandagranja

Azeite
Dicas na hora de comprar
  • A acidez é um fator de pureza do azeite. Quanto menor o teor de acidez, melhor e mais puro é o azeite. Não sou nenhuma especialista e posso estar falando alguma coisa errada, mas para mim o azeite com 0,2 ou 0,1 (melhor ainda) é mais gostoso do que os de 0,5, que são mais comuns em supermercados. Portanto, procure acidez 0,1 que é o melhor!
  • Compre sempre em vidros escuros. Se você comprar azeite em vidro claro, você acaba comprando um produto oxidado, sem ômegas... Então sempre o vidro deve ser verde escuro ou âmbar. Isso vale para os óleos de linhaça, coco, e etc.
  • O azeite deve ser exatraído a frio e extra-virgem. Ser extra-virgem quer dizer que é puro óleo de oliva. Se comprar outros tipos, podem estar comprando óleo de soja misturado.
  • Compre sempre azeite produzido e envasado no país de origem. Isso mantém a qualidade do produto. Infelizmente não podemos confiar nos produtos envasados no Brasil... vai saber se há alguma mistura, né? Melhor não arriscar.
Aí está um exemplo:


Instagram @drafernandagranja


Gostaram das dicas?
Agora ficou fácil, né?
beijosss

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Proteína de Arroz

Bom dia!!!
Tem coisa melhor que tomar café da tarde com uma boa companhia??? Ou no meio de um dia difícil e cheio se encontar com alguém para um cafezinho??? Um capuccino é simplesmente irresistível, não é?

Hoje vou dar uma dica de produto bem legal que acabou de chegar no mercado, e que dá para fazer uma receita de capuccino ou uma bebida gostosa!
É uma novidade boa para crianças a atletas que não podem tomar leite de vaca, ou nenhum leite de proteína animal, como cabra e ovelha.
As mamães podem fazer mamadeira para o filhotes e os praticantes de atividade física, podem tomar um shake de proteína depois do exercício.



É uma proteína vegetal a base de arroz. Ela é 100% crua e vegana - isso vem daquele movimento que eu super indico, o tudo cru, que é ótimo para pacientes que estão lutando contra câncer, contém 85% de pura proteína e isso quer dizer que ela é ríquíssima de aminoácidos, e é hipoalergênica, já que vem da proteína do arroz e não contém glúten, nem lactose.

Ela é indicada para:
  • bebês a partir de 8 meses
  • pacientes de cirurgia bariátrica
  • adultos ou crianças alérgicas a lactose ou a proteína do leite de vaca ou soja
  • alérgicos a glúten
  • veganos e vegetarianos
  • dietas cruas
  • idosos
  • Atletas ou Praticantes de atividade física que querem ganhar massa muscular
Para visitar o site da marca clique aqui, mas no Mundo Verde Moema tem!

E para quem quer saber, mais uma opção de leites vegetais para esse friozinho!

beijosssssss

terça-feira, 26 de abril de 2011

Frutas Verdes - banana verde e outras curiosidades

Gente, amanhã vou no programa Você Bonita da Gazeta ensinar a receitinha do tempero verde (sem adição de sal) e do sal verde, que eu já falei   aqui. Espero vocês lá!!!



A Revista Pense Leve me procurou para falarmos um pouquinho das frutas verdes. Elas têm ou não benefícios? A banana verde é mais saudável mesmo?? Existem outras frutas "verdes" - leia-se não maduras, que são benéficas?

Vamos ao texto na íntegra!

Faltam estudos nesse área da alimentação, mas o que se sabe até agora é que existe perda nutricional quando ingerimos frutas não maduras, frutas consideradas verdes. Com excessão da banana verde e do coco verde. As frutas verdes contêm muito tanino, sendo que, quanto maior a quantidade deste componente, menor será a absorção de nutrientes, vitaminas e minerais. A exceção fica por conta da banana verde que, cozida antes do consumo, torna-se amido resistente e proporciona benefícios ao organismo.


Frutas roxas
Um estudo com amoras, mostrou que o nível de pigmentos antocianina, encontrados em frutas roxas como uva, amora, açaí e soja preta, que podem ter benefícios antioxidantes, aumentou consideravalmente quando passaram de pouco maduras a maduras demais. No entanto, os compostos fenólicos (outra classe de antioxidantes) diminuíram levemente.

Manga
Análises mostram que a manga é rica em vitamina A somente quando madura. Assim, hábitos como de comer manga verde com sal, não é tão benéfico para a saúde.

Goiaba e Tomate
Tanto a goiaba quanto o tomate são rico em licopeno, antioxidante poderoso para a saúde da pele e da próstata. O ideal de consumo é nem muito verde, nem muito maduro, pois em ambos os casos perdem o sabor rapidamente e seu valor nutritivo diminui.

Limão
O limão quando muito maduro apresenta menos suco e consequentemente menos vitaminas e minerais. O ideal é conumí-lo no ponto.

Azeitona
A azeitona madura, esmagada, pode ser aplicada topicamente e tem efeito antiinflamatório eficaz. A preta é considerada laxativa.

Coco
O valor nutritivo do coco varia de acordo com seu estágio de maturação. Quando verde, tem bastante água (famosa água de coco) e a polpa é branca e de consistência gelatinosa, que pode ser ingerida com o auxílio de uma colher para raspá-la. Já o fruto maduro, tem pouca água e a polpa é branca e mais consistente. Quanto mais maduro, mais óleo apresenta, sendo muito útil na extração do óleo de coco.

1. Coco Verde

Estudos preliminares sobre a água de coco verde relatam a presença de componentes semelhantes ao estrógeno. Este estudo demonstrou que a água de coco poderia ter positivas implicações futuras na prevenção e tratamento do Alzheimer em mulheres menopáusicas.

Além disso, o coco verde e, principalmente a sua água, podem auxiliar em situações de vômitos, diarréia e desidratação e ainda ajudam a repor as energias.

2. Coco maduro
A partir do coco maduros, podemos obter o  óleo de côco e a   farinha de côco, ambos com vários benefícios ao organismo. Encontramos boas quantidades ferro, cálcio, sódio, e proteína, além de conter baixa quantidade de gordura. Encontramos também o TCM (Triglicerídeo de Cadeia Média), que não é armazenada como forma de gordura por ser facilmente absorvido, e com isso “obriga” o organismo a utilizar a gordura acumulada como fonte de energia, sendo indicado para atletas ou pessoas que queiram diminuir a quantidade de gordura corporal.

O ácido láurico, ácido graxo de cadeia média, que, no corpo humano se transforma em monolaurina, está presente na fruta e no óleo de coco. Encontrando também no leite materno, ele tem a função de exercer forte ação antibacteriana, antiviral e antiprotozoária, combatendo vários microorganismos maléficos ao ser humando, como Cândida albicans, Citomegalovirus, Clamídia, Estreptococos, Giárdia, Helicobacter pylori, Herpes, ect .

Além do ácido láurico, o coco contém ácido cáprico, que se transforma no organismo em monocaprina, um composto também com propriedades antimicrobianas e antiviral.

Banana Verde
Considerada um alimento funcional, a Banana Verde, indicada também para melhorar sua digestão, quando cozida, apresenta vários benefícios que estão sendo estudados:

• Alto conteúdo de amido resistente

O amido resistente é similar à fibra alimentar que não é digerida nem absorvida pelo intestino delgado. Assim, no intestino grosso ele é fermentado, produzindo substâncias que servem como fonte de energia para produção de bactérias benéficas do nosso intestino. Essas bactérias tem a capacidade de manter a integridade da mucosa do nosso intestino, que é responsável pela absorção adequada dos nutrientes e pela barreira da entrada de substâncias maléficas. Desta forma o consumo de banana verde auxilia no bom funcionamento do trânsito intestinal, evitando episódios de diarréia ou constipação, além de evitar o desenvolvimento de câncer de intestino. Você pode potencializar a saúde do seu intestino com a biomassa de banana verde.

Estudos indicam que o consumo de amido resistente também atua na redução do colesterol, pela redução de sua produção pelo fígado, e pelo aumento da sua eliminação pelos ácidos biliares. Desta forma, a banana verde pode também ter uma importante função na prevenção do desenvolvimento de doenças do coração.

• Baixo índice glicêmico

Um alimento tendo baixo índice glicêmico, faz com que a sua digestão e absorção seja mais lenta, assim a quantidade de glicose liberada no sangue é mais lenta também. Isso contribui então para a prevenção do desenvolvimento de diabetes, e ajuda aqueles que já tem o diagnóstico de diabetes, pois controla a glicemia no sangue, além do acúmulo de gordura corporal, devido ao aumento da saciedade promovido pelo amido resistente.

A banana verde na forma cozida é apropriada ao preparo de subprodutos como a biomassa e a farinha de banana verde, que são utilizadas para a confecção de bolos, biscoitos e outras massas, substituindo a farinha de trigo. Além disso, você pode adicionar a biomassa da banana verde em sucos de frutas e vitaminas. O preparo da banana verde é simples e pode ser feito em casa. Veja como preparar a biomassa:

1. Lave as bananas verdes com casca, uma a uma, utilizando esponja com água e sabão e enxágüe bem;

2. Em uma panela de pressão com água fervente (para criar choque térmico), cozinhe as bananas verdes com casca, cobertas com água por 20 minutos;

3. Desligue o fogo após os primeiros 8 minutos, e deixe que a pressão continue cozinhando as bananas;

4. Espere o vapor escapar naturalmente. Não force o processo abrindo a panela debaixo da torneira, por exemplo;

5. Ao término do cozimento, mantenha as bananas na água quente da panela;

6. Vá aos poucos tirando a casca da polpa, que deve ser passada imediatamente no processador. É importante que a polpa esteja bem quente, para não esfarinhar;

7. Coloque a quantidade desejada da polpa cozida quentíssima no processador;

8. Processe até obter uma pasta bem espessa;

9. Se não for utilizar imediatamente, guarde a polpa em saco plástico. Essa polpa pode ser guardada por 3 a 4 meses no congelador, mas necessitará de um reprocessamento.

Abaixo segue um exemplo de uma receita saudável em que a biomassa pode ser adicionada:
Suco funcional:
- Suco de 1 laranja
- 1 folha de couve
- 1 colher de sopa de linhaça
- 1 colher de sopa da biomassa de banana verde

Bata os ingredientes no liquidificador e consuma este suco energético no café da manhã.

Farinha de Banana Verde
Descasque 12 bananas verdes (de qualquer tipo), coloque as frutas em 1 fôrma e leve ao forno baixo, preaquecido até secar. Mexa de vez em quando com uma colher de pau. Corte em rodelas e bata no liquidificador até triturar. Se quiser mais receitas de farinhas de vegetais e frutas, é só clicar aqui.

beijossss



segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Cereais Integrais - Poderosos!

Você tem filhos ou sobrinhos? Então tenho duas matérias que vão te interessar. Uma está no site da Clínica Amai , que eu escrevi sobre Obesidade infantil e lá dou dicas sobre lanches para as crianças e dicas para não deixar seu pimpolho engordar! A outra matéria é sobre Café - se criança pode ou não tomar café, que eu escrevi minha opinião. Dá uma passadinha lá para dar uma conferida e depois me fala o que você acha desse assunto.

Mudando de assunto, nessa semana quero falar sobre o poder dos cereais e o que eles podem fazer no seu organismo e na sua vida, se vovê consumí-los no dia a dia.
A matéria foi publicada na Revista "O Poder dos Grãos e Cereais" n 2 da Ed Alto Astral.



1.Existem pesquisas que comprovam que a aveia reduz o colesterol? Que outros benefícios ela proporciona à saúde?


Dra Fernanda Granja: A aveia é considerada um alimento funcional, pois enquadra-se no grupo dos que são constituídos por substâncias ou componentes alimentares que agem em benefício da saúde, inclusive na prevenção e no tratamento de doenças. Sua composição nutricional é melhor que outros cereais, já que análises mostram uma menor quantidade de carboidratos, maior teor de proteína e lipídios de boa qualidade em sua composição. Um fato interessante, é que diferente de outros cereias, a aveia não perde suas propriedades em termos de vitaminas e minerais após o beneficiamento.

Inúmeros estudos mostram que a aveia contém beta-glucanas que é um agente hipocolesterolemiante, principalmente no farelo de aveia. Sua ação é de absorver os ácidos biliares após sua desconjugação pelas bactérias intestinais, sendo excretado pelas fezes.

Além disso, a aveia é riquíssima em fibra solúvel, que é um tipo de fibra que age como vassourinha no sangue, reduzindo colesterol e controlando o açúcar no sangue, sendo um aliado no combate ao diabetes. A FDA (Foods and Drugs Administration), órgão que regulamenta os alimentos e medicamentos nos Estados Unidos reconheceu a eficiência da ingestão de diária de 3 gramas de fibras solúveis na redução dos riscos de doenças coronarianas, assim, pode-se dizer que a aveia é realmente eficaz. Em 100g de aveia podemos encontrar em média 10,3g de fibra, ou seja, a composição de fibras num simples grão como a aveia, é de 7% a 12%.

As fibras estão relacionadas também ao bom funcionamento intestinal e ao lento esvaziamente estomacal, pois são digeridas mais lentamente, prologando a sensação de saciedade e dessa maneira, controlando a fome. Melhorando o trânsito intestinal, pode-se destacar a melhora da pele, do humor, auxilia na perda de peso e na eliminação de toxina pelo organismo.

A quantidade de fibras é maior no farelo de aveia, seguido pelos flocos e pela farinha.

O grão também é constituído de vitaminas e minerais como ferro, cálcio e antioxidantes, podendo ser benéfica em tratamentos de anemia, falta de energia celular e osteoporose, além de agir como antienvelhecimento e anticâncer.

2. Existem diferenças de nutrientes entre oleaginosas como nozes, macadâmia, pistaches, etc.? É preciso variar o consumo? Quanto podemos consumir no dia?

Dra Fernanda Granja: As oleaginosas são excelentes fontes de vitaminas e minerais e quando associadas com uma alimentação equilibrada podem realmente fazer diferença na saúde e vitalidade do indivíduo. São bem conhecidas pelo seu alto teor calórico, e por isso muitas pessoas ainda tem medo de consumir, mas elas possuem inúmeros benefícios para a saúde, como as gorduras boas (mono e poliinsaturadas), que auxiliam na redução do colesterol e atuam como antioxidantes.

Outro fator imporante nas oleaginosas, é a teor de proteína vegetal que encontramos em grande quantidade, e que é necessária para recuperação muscular para os atletas e idosos.

Existem diferenças entre elas e por isso é importante o cosumo de todas, mesmo que em pequenas quantidades. O ideal é rodiziar o consumo. A quantidade varia de indivíduo para indivíduo e depende de fatores como objetivo a ser alcançado, patologias, etc, mas podemos dizer que em geral de 5 a 10 unidades por dia já é mais do que suficiente para atingir as necessidades diárias dos nutrientes oferecidos. No entanto, é preciso tomar cuidado com o consumo das oleaginosas, pois existem pessoas hipersensíveis a elas, podendo levar ao aparecimento de alguns sintomas como baixa da imunidade, acne, aparecimento de herpes e excesso de fungo no organimo como a candidíase. Por isso deve-se sempre consultar um profissional para adequar as quantidades e o uso dessas sementes.

As nozes e o amendoim são ricos em vitamina E, que tem função antioxidante extremamente importante, reduzindo o risco de ocorrência de lesões causadas pelos radicais livres nas células, como o envelhecimento precoce, câncer e doenças do coração. As nozes também são ricas em potássio e complexo B. O potássio age no controle da pressão e o complexo B age promovendo energia celular ao corpo.

A castanha do pará é rica em ômega 3, cujo consumo contínuo pode prevenir doenças como diabetes, colesterol alto, doenças intestinais, secura no olho, além de ser um forte aliado no tratamento de doenças cerebrais, como hiperatividade em crianças e alzheimer em idosos. O ômega 3 também auxilia na detoxificação do fígado, ajudando na eliminação de toxinas. Ela também é riquíssima em selênio, mineral importante na função da tireóide e um antioxidante poderoso. De tão poderoso, em excesso se torna rapidamente em pró-oxidante, ou seja, em excesso, o selênio pode causar manchas na pele e queda de cabelo e ainda contribuir com o envelhecimento. Por isso, é recomendado uma atenção especial à castanha do pará. O consumo não deve ultrapassar de 2 a 3 unidades por dia, quantidade que já supre a necessidade de selênio diária na dieta.

Avelãs e amêndoas são ricas em vitamina E, calcio e magnésio e arginina. Nesta pequena quantidade, o calcio é mais absorvido pelo organismo do que em 1 copo de leite, assim, trata e previne a osteoporose com excelênca. O magnésio participa de inúmeros processos em nosso organismo, como a adequada entrada de cálcio nos ossos, contração muscular, ação antiinflamatória, e regulação da pressão arterial. A arginina, também presente em quantidades interessantes nas oleaginosas, atua como importante vasodilatador, contribuindo para a redução do risco de desenvolvimento de doenças do coração e ajudando no tratamento de impotência sexual.

3. O arroz branco fornece outros nutrientes além do carboidrato? Devemos substituí-lo pelo tipo integral?

Dra Fernanda Granja: O arroz é pobre em gordura e rico em metionina, um aminoácido essencial que faz parte da formação da musculatura. É um alimento de fácil digestão e raramente provoca alergias. No entanto, o arroz integral também tem esses mesmos benefícios, o que o faz sair em grande vantagem em relação ao arroz branco, pois ele é rico em vitaminas do complexo B, minerais como ferro, selênio, zinco e potássio. O zinco por exemplo, é importante na alta imunidade, na fertilidade e no crescimento em crianças.

Além disso, o arroz integral também é rico em fibras, o que favorece a saúde intestinal, a diminuição do colesterol e da hiperglicemia (diabetes tipo 2).

O arroz branco ou polido passa por um processo de refinamento, retirando-se a casca e o germe, perdendo grande parte desses nutrientes, perdendo também as fibras. Isso faz com o que arroz branco se torne um alimento inflamatório, pois a carga glicêmica se torna muito alta, favorecendo o problema de diabetes. Por isso sempre é recomendado o uso contínuo do arroz integral e ocasionalmente o arroz branco, e não o contrário como é feito pela maioria dos brasileiros.

Existe também um outro tipo de arroz e que poucos ainda conhecem: o arroz preto. Na verdade, a cor é lilás, mas de tão escura se parace mais com preto. Seu sabor é único e o aroma levemente acastanhado. Ele é rico em antocianinas, que são flavonóides que conferem coloração a muitas frutas e verduras, e que agem como antioxidantes e antiinflamatórios naturais. Estudos mostram que o arroz preto possui mais proteínas e fibras e dez vezes mais compostos fenólicos (antioxidantes) do que o branco e o integral. Além disso, a película que envolve o grão do arroz integral preto (farelo) é rica em carboidratos, óleos, proteínas, fibras, cobalto, vitaminas: A, B1, B2, B6, B12, niacina, ácido nicotínico, ácido pantotênico, pró-vitaminas C e E. Um banquete de nutrientes e saúde.

4. Como incluir cereais integrais na dieta? Podemos substituir todos os alimentos refinados pelos integrais? Há contraindicações? Precisamos mudar algum hábito para começar a consumi-los?

Dra Fernanda Granja: O consumo de fibra ideal é de 20 a 30g de por dia. Em excesso, mais que 40g por dia, pode atrapalhar absorção de nutrientes da dieta, prejudicando a saúde de um modo geral. O consumo mínimo recomendado de cereais integrais é de 3 porções diárias e o máximo de 6.

É fácil incluir cereais integrais na rotina alimentar:

No desjejum, coma cereais matinais integrais como o muslee, aveia, pães integrais, biscoitos e bolos feitos a base de farinhas integrais; nos lanches intermediários, consuma biscoitos integrais, barras de cereais e granola; no almoço e jantar inclua na dieta o arroz integral, cevadinha, grão de trigo e triguilho. Inclua massas a base de farinha de trigo integral (macarrão, tortas e pizzas), além de fibras em forma de farinhas, como é o caso da farinha de linhaça dourada, farinha de banana verde, farinha de maracujá ou farinha de maçã salpicado na salada ou no feijão.

Os cereias integrais exercem os seguintes benefícios:

1. Previnem prisão de ventre, auxiliando no bom funcionamento intestinal;

2. Produzem sensação de saciedade, pois formam um tipo de gel no estômago, auxiliando na perda de peso ou manutenção do peso ideal;

3. Reduz a hiperglicemia (diabetes), colesterol e triglicérides alto;

4. Reduz sensivelmente risco de câncer no intestino e estômago;

Alimentos classificados como integrais pela USDA’s Pyramid Servings Database:
• Cevada perolizada
• Farinha de cevada
• Trigo
• Farinha de trigo mourisco
• Farelo de milho cru
• Farinha de milho integral amarela e branca
• Fubá, todo-grão-amarelo e branco
• Pipoca
• Aveia
• Cereais de aveia regular, rápido, instantâneo
• Farinha de aveia
• Farelo de aveia cru
• Macarrão integral
• Psyllium (sementes e cascas)
• Arroz preto de grãos médios e longos
• Farinha de arroz preto
• Arroz selvagem
• Centeio
• Farinha de centeio - escura, média e clara
• Espaguete integral
• Farelo de trigo cru
• Cereal de trigo integral
• Farinha de trigo integral

É só colocar em prática!
beijosss

terça-feira, 29 de junho de 2010

Amêndoas, castanhas e afins

Bom dia!!
Há duas semanas atrás mais ou menos, a RIT TV foi lá no consultório gravar comigo 10 dicas de café da manhã. Como falei antes, vão passar durante 10 dias no "Nosso Programa" e será 1 dica por dia. Pois bem! Incrivelmente, a TV Aparecida também teve essa mesma idéia, e lá foram eles no consultório gravar 5 dicas para uma alimentação saudável. Da mesma maneira, será 1 dica por dia durante 5 dias no programa "Espaço Vida"!!!
Vou postar as 4 dicas aqui como me pediram!! No programa falamos sobre oleaginosas, farinhas, sucos naturais e linhaça e ração humana. Somente esta última que não, pois está bem discorrido, né???? rsrsrrsrs



Oleaginosas - Amêndoas, castanhas e afins

Vamos começar pelo início! Muitas pessoas nem sabem o que são oleaginosas e outras sabem, mas não sabem quantas comer por dia!!! Muitas, muitas, muitas dúvidas!
Oleaginosas são: amêndoas, castanha do pará, castanha de caju, avelã, nozes e macadãmia, por exemplo.

É muito interessante usar esses grãozinhos no dia a dia! Eles são quase que milagrosos!!!! rsrsrsrs
Eles são riquíssimos em gordura de boa qualidade e são ótimas fontes proteicas! Isso significa que você pode usar no meio da manhã e no meio da tarde como um lanchinho...
O ideal é usar no máximo 10 unidades por dia, ou seja, 5 no lanche da manhã e 5 no lanche da tarde.
Pra vc não morrer de fome e desespero por não pode comer mais, eu sempre sugiro para meus pacientes, comer 1 fruta + 2 ou 5 oleaginosas, asssim, vc consegue otimizar os nutrientes, pois eles agem em sinergismo e vc tem resultado imediato em relação à disposição e energia celular.

São tantos nutrientes envolvidos, que eu poderia escrever durante horas os benefícios de cada um!

Outra vantagem de se comer no meio das refeições, como um lanche intermediário, é que assim vc consegue diminuir o índice gilcêmico da fruta.
Não entendeu nada??? Vou explicar!!!!

Sempre que comemos fruta isoladamente, o açúcar da fruta vai direto pro sangue! Todo mundo pensa que comer fruta no meio da manhã é a coisa mais saudável do mundo, né???
Pois não é bem assim. Esse açúcar em alta quantidade na fruta faz com que muito insulina seja liberada para poder "reter" esse açúcar. Após um pequeno período o que acontece?? O coitado que está fazendo a dieta moooooooorre de fome, pois começa a entrar numa espécie de hipoglicemia!
Isso acontece com vc toda vez que come uma fruta???? e por isso já desistiu??
Então vai por mim e experimente comer as oleaginosas junto com a fruta! Vc vai perceber a diferença que faz!
Vale uma ressalva: a castanha do pará é a única oleaginosa que  não pode ultrapassar de 2 ou 3 por dia! Isso acontece pq ela é rica em selênio! O selênio é super importante e super antioxidante!! Mas em excesso ele se torna pró-oxidante, ou seja, começa a fazer mal... Os sintomas do excesso são variados, mas o mais comum é queda de cabelo e manchas na pele... Por isso cuidado...


Receitinha básica
Lanche da manhã: 1 banana + 2 castanhas do pará + 3 amêndoas

Lanche da tarde: 1 suco de fruta natural + 3 nozes + 2 macadâmias

Gostoooooooso, né??? rsrsrrs

beijos a todos!!

terça-feira, 25 de maio de 2010

Castanha de Baru

Saiu uma outra matéria na mídia com os meus pitacos! Ficou muito legal e aí está uma palhinha. Enjoy!!!
Matéria Publicada na Revista Vida Natural e Equilíbrio - edição 37

Castanha de Baru
Com ela, a anemia passa longe! A oleaginosa é rica em ferro e zinco, minerais que botam essa doença para correr. Além disso, seu óleo é boa opção para reduzir o colesterol.
Por Paula Bueno

Há algum tempo as oleaginosas, como castanha do Brasil, de caju, avelã, nozes, pistache, amêndoas e amendoim, viraram as estrelas da alimentação saudável e balanceada, principalmente por serem ricas em diversos minerais e gorduras poli-insaturadas, os famosos ácidos graxos ômegas 3, 6 e 9. Além de proporcionarem vários benefícios ao organismo, esses alimentos são saborosos e, por isso, incluí-los no cardápio não é uma tarefa difícil.


Pois bem, outra semente oleaginosa, típica do cerrado brasileiro e praticamente desconhecida na maior parte do Brasil, vem para reforçar esse time de aliados da saúde. Trata-se da castanha do baru, fruto do baruzeiro (Dipteryx alata) uma planta leguminosa arbórea. Seu sabor é semelhante ao do amendoim e da castanha de caju, porém, é considerado mais prevalecente, como se a castanha tivesse sido um pouquinho mais torrada. É rica em proteínas, fibras, minerais, além dos ácidos graxos oleico (ômega-9) e linoleico (ômega-6). "Ela também é um alimento considerado proteico e energético, pois contém calorias", afirma a nutricionista clínica funcional Fernanda Granja, de São Paulo.

Muitos minerais


Parte da população brasileira tem deficiência de minerais, como ferro, zinco, magnésio e cálcio. Como já foi dito, essa oleaginosa do cerrado é rica nesses nutrientes e, sendo assim, seu consumo pode suprir essas necessidades e afastar males causados por sua carência.

Um estudo com a castanha do baru para a tese de mestrado da nutricionista Alinne Martins Ferreira, desenvolvido no Laboratório de Biofísica da Universidade de Brasília, mostrou uma quantidade de ferro equivalente a 59% das recomendações diárias de ingestão desse nutriente para indivíduos adultos, e 46,7% do consumo de zinco para a mesma faixa etária.
"De acordo com a Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária], um alimento é rico em algum nutriente quando apresenta pelo menos 30% da ingestão diária recomendada por 100 gramas. Nesse caso, a castanha do baru pode ser considerada uma ótima fonte de ferro e zinco", esclarece a nutricionista especialista em nutrição clínica Daniella dos Santos Galego, do Hospital Sírio Libanês, em São Paulo.

A grande quantidade de ferro faz dessa oleaginosa uma aliada no combate à anemia. Em 2001, a farinha de castanha do baru passou a fazer parte da merenda escolar da rede municipal de Goiânia a fim de suprir as necessidades do mineral.
A nutricionista Fernanda Granja, porém, alerta que não basta um alimento ser rico em determinado nutriente se sua biodisponibilidade não for boa. Em outras palavras, é importante saber a capacidade que o organismo terá de absorver tal propriedade para que seus benefícios sejam aproveitados. "Mesmo ele não sendo tão biodisponível como o ferro da carne, o ferro de origem vegetal, quando combinado com alguns alimentos, como laranja, acerola, goiaba e outros ricos em vitamina C, pode ser perfeitamente aproveitado pelo organismo com total eficiência", orienta a profissional.


Viagra do Cerrado
Assim como o amendoim, a castanha do baru é considerada um alimento afrodisíaco. Geralmente, esse título é dado a alimentos ricos em energia de boa qualidade. A fama de ajudar na libido é tão grande que, na região onde o fruto é extraído, é chamado de "Viagra do Cerrado".

Mas, o valor energético não é o único responsável por isso. Outro nutriente participa desse processo: o zinco. O mineral é considerado o mais importante para a fertilidade, tanto masculina quanto feminina. "Devido à sua riqueza de nutrientes e por ser fonte de zinco, necessário à maturação do esperma e à fertilização dos óvulos, a castanha do baru tem sido considerada um afrodisíaco natural", explica a nutricionista Daniella dos Santos Galego.

Amiga do peito


Da castanha do baru também é possível a extração de um óleo fino com 81% de insaturação e semelhante ao azeite de oliva. Ele contém ômega-6 e é rico em ômega-9. O primeiro proporciona diversos benefícios ao organismo, como prevenção da hipertensão, redução do colesterol total e LDL (colesterol ruim), regulariza os níveis de glicose no sangue, reduz a gordura abdominal e a incidência de câncer, além de ajudar na cicatrização e queda de cabelo.

Já o segundo, além de possuir as mesmas funções benéficas ao sistema cardiovascular que as do ômega-6, é um potente antioxidante, que reduz as lesões nas células causadas pelos radicais livres, e inibe a agregação plaquetária e formação de trombos. "Estudos indicam que o ômega-9 inibe a produção excessiva de cortisol, com consequente diminuição do acúmulo de gordura abdominal", afirma a nutricionista Fernanda Granja.

 
Dicas de compra e conservação

Como qualquer alimento, é fundamental alguns cuidados na hora da compra. É importante verificar a procedência da castanha; o tipo de embalagem (de preferência a vácuo); e o seu aspecto, observando a presença de fungos. Se houver pontos esbranquiçados no meio ou em torno dela, é sinal de que o produto já entrou em contato com fungos e bactérias, o que é extremamente perigoso para a saúde. Só compre se a oleaginosa aparentar estar fresca e com cor uniforme.

Sua distribuição ainda não é feita em larga escala, mas a castanha do baru pode ser encontrada em alguns mercados municipais das grandes capitais e em lojas de produtos naturais. Em casa, ela deve ser conservada em potes escuros - já que os ômegas oxidam com muita facilidade e, dessa forma, perdem seu efeito -, e em local seco e arejado.

Na prática

A nutricionista clínica e fitoterapeuta Vanderlí Marchiori, de São Paulo, alerta que a castanha do baru nunca deve ser consumida crua, pois possui substâncias antinutricionais, como taninos e fitatos, que são elementos capazes de alterar a biodisponibilidade de nutrientes, como o cálcio, por exemplo.

O processo de torragem da castanha inativa essas substâncias, por isso, é importante salientar que só deve ser consumida torrada, para aproveitar todos seus benefícios e não causar nenhum transtorno à saúde. "Quando a castanha do baru é ingerida crua, causa intoxicação e pode levar a lesões na pele", completa Daniella dos Santos Galego.

Apesar de rica em nutrientes, seu consumo não deve ser exagerado. "Não há uma recomendação precisa de ingestão diária, mas podemos sugerir o consumo de 20 gramas todos os dias [que equivalem a 14 unidades]", indica Vanderlí Marchiori. Essa porção do alimento chega a suprir cerca de 25% das necessidades proteicas de uma criança, por exemplo.
Como as demais oleaginosas, ela é extremamente versátil e pode ser utilizada em várias preparações, doces ou salgadas. Entre os quitutes que costumam levar a castanha, podem ser citados o pé de moleque, paçocas, rapadura, antepastos, sorvetes, molhos, biscoitos, farofas, bolos, cookies, pães, pavês e diversos tipos de recheios.

















Produtos do baru:
Polpa: é consumida fresca ou em forma de doces, geleias e licores, podendo ser utilizada para sorvetes.

Castanha: deve ser consumida torrada. Pode ser uti- lizada para enriquecer diversas receitas, como pães, bolos, sorvetes, acompanhar aperitivos, ou ainda em doces ou paçoquinhas, granolas e barras de cereais. Segundo estudos, em 30 gramas de castanha do baru, o equivalente a meia xícara (chá), há 1,4 miligrama de ferro, mineral que combate a anemia.

Óleo: é semelhante ao azeite de oliva, com 81% de insaturação, e obtido por meio do processamento das amêndoas, rico em ômega-9. É utilizado na alimentação humana de maneira variada.

Fonte: Fernanda Granja, nutricionista clínica funcional, de São Paulo; e Vanderlí Marchiori, nutricionista clínica e fitoterapeuta, de São Paulo

Receitinhas:

Doce de quinoa e castanha do baru


Ingredientes
1 xícara (chá) de leite de soja não adoçado
1 xícara (chá) de água
1 xícara (chá) de quinoa vermelha (lavada)
2 xícaras (chá) de amora
½ colher (sopa) de canela em pó
1/3 de xícara (chá) de castanha do baru tostada
2 colheres (sopa) de melado de cana dissolvido em 2 colheres (sopa) de água
Preparo


Misture o leite de soja, a água e a quinoa em uma panela média. Deixe ferver. Abaixe o fogo, cubra e cozinhe por 15 minutos ou até que o líquido tenha sido absorvido. Apague o fogo e deixe descansar tampado por 5 minutos. Enquanto a quinoa cozinha, toste as castanhas de baru em uma frigideira em fogo médio por 5 a 6 minutos. Adicione as amoras e a canela. Transfira para quatro tigelas e cubra com as castanhas do baru. Espalhe 1 colher (chá) de melado por cima e sirva.

Rendimento
4 porções

Fonte: Fernanda Granja, nutricionista clínica funcional, de São Paulo

Molho pesto


Ingredientes
½ xícara (chá) de azeite de oliva
1 dente de alho
½ xícara (chá) de castanhas do baru torradas e moídas
1 xícara (chá) bem cheia de manjericão picado
1 colher (sopa) de queijo parmesão a gosto

Preparo
Bata todos os ingredientes no liquidificador. Transfira para um recipiente e reserve. Sirva em massas quentes, como espaguete ou talharim cozidos.

Rendimento
6 porções